domingo, 25 de novembro de 2018

autor conhecido  II

Fazes-me suspirar por um céu de emoções delirantes,
vão transfigurando o meu ser em lubricidade
que me consome no fogo dos teus braços
enfarpelados de cor púrpura.

Eu devoro-te sem preconceito na minha malvadez vestida de viúva negra,
acasalo-me no teu veneno mas piedosamente não te mato...
Quero voltar a sentir-te,
vestido de negro implorando o meu delírio maquiavélico de sensações extra sensoriais,
neste mundo bárbaro que nos avassala,
em chamas de prazer.

Castigo-te e ofereço-te a morte se me negares um cálice de veneno amargo do teu pudor,
um sacrifício puro de quem a seu amo obedece.

Imortal súplica te voltará a fazer:
- Possui-me, ou então não viverás!
Entrega-te aos meus delírios,
pertences-me, o meu ventre está sequioso por ti.

Eu retomarei meu rumo,
tu ouvirás sempre o meu chamado.
Olho-te nos olhos e penetro-te a minha lonjura deste artificial mundo, que nos separa da carne e dos vagidos místicos
do nosso apocalíptico fervor.

Embriaga-me, castiga-me,
nos teus braços que me secam os golpes
do meu próprio veneno.

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